O que fazer quando alguém tem uma crise de ansiedade?

Uma crise de ansiedade ou pânico se caracteriza pela ocorrência repentina, inesperada e de certa forma inexplicável de crises de ansiedade aguda marcadas por muito medo e desespero, associadas a sintomas físicos e emocionais aterrorizantes, que podem durar em média entre 15 e 30 minutos atingindo sua intensidade máxima em até 10 minutos. Durante o ataque de pânico, a pessoa experimenta a nítida sensação de que vai morrer, ou de que perdeu o controle sobre si mesma e vai enlouquecer.

Geralmente, a primeira crise acontece no início da vida adulta, justamente o maior público da comunidade universitária. Os sintomas de uma crise de ansiedade/pânico podem envolver :

  • aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração;
  • falta de ar;
  • pressão ou dor no peito;
  • palidez;
  • suor frio;
  • tontura;
  • náusea;
  • pernas bambas;
  • formigamento;
  • tremores;
  • calafrios ou ondas de calor;
  • sensação de estar “fora do corpo”;
  • medo de morrer ou de “perder o controle”;
  • desmaio ou vômito no pico da crise.

Como ajudar alguém em um ataque de pânico?

  • Técnicas de controle da respiração frequentemente são eficazes no alívio dos sintomas. Oriente-a se concentrar na respiração e a respirar mais lentamente. Ao inspirar, se concentrar para levar o ar para a barriga. Você pode pedir para a contar de 30 a 0 junto com você bem lentamente enquanto inspira e expira, ou pode oferecer um saco para a pessoa respirar assoprando nele;
  • Pergunte se ela toma algum medicamento para crises agudas de pânico (em caso positivo, você pode ajudá-la a tomar nessa hora);
  • Se possível, leve-a para um ambiente mais calmo e tranquilo, se a crise acontecer dentro da sala de aula, leve para fora da sala e não deixe muita gente ficar “em cima” da pessoa;
  • Mude o foco dela para o momento presente (uma dica é focar em objetos que ela pode ver e tocar);
  • Converse de maneira acolhedora e jamais minimize o sofrimento dela. Não diga coisas como “isso só está na sua cabeça”, e sim frases como “eu sei que você está aflito, mas vai passar, eu estou aqui com você e vou te ajudar”;
  • Após a crise, oriente a pessoa a buscar ajuda profissional.

Fontes:

Texto adaptado em setembro de 2022 por Ricardo Oliveira, Psicólogo do DeACE-Ar, então vice coordenador de Coordenadoria de Articulação em Saúde Mental.